
Reflexões sobre o artigo de Ruy Castro – o valor das livrarias físicas
O artigo “Menos farmácias, mais livrarias” de Ruy Castro, publicado na seção Rio de Janeiro, traz uma reflexão importante sobre o cenário do comércio local em relação às livrarias. Castro observa que nos últimos anos muitas livrarias no Rio foram fechadas e substituídas por estabelecimentos de outros segmentos, como lanchonetes, salões de barbeiro, pet shops e farmácias. O autor lamenta a perda de espaços outrora dedicados à literatura, onde se podia encontrar obras de autores renomados como Ana Maria Gonçalves, Emmanuel Carrère e Joyce Carol Oates.
Ele destaca que esse fenômeno não é exclusivo do Brasil, citando Roma, Londres e Lisboa, onde sebos históricos vêm desaparecendo ou se transformando em estabelecimentos que nada têm a ver com livros. Castro aponta fatores como o abandono de endereços tradicionais, o crescimento do comércio online e a crise da imprensa escrita como causas para essa mudança.
Apesar deste cenário, há uma luz de esperança que surge em Laranjeiras, bairro carioca onde um grupo de pessoas colocou cartazes pedindo “Menos farmácias, mais livrarias”. A ação, protagonizada por três amigas e ampliada pela parceria entre elas, resultou na abertura de uma nova livraria chamada Janela no coração do bairro, um local literário por excelência que serve como reduto cultural e espaço para leitores e autores.
O texto finaliza ressaltando a importância da leitura como um remédio preventivo para males do espírito, em contraposição à função das farmácias.
Este artigo vai além de uma análise do comércio local: ele nos convida a refletir sobre o papel das livrarias como verdadeiros espaços de encontro, descoberta e pertencimento. Para os clientes da Bookinfo, especialmente aqueles envolvidos com o mercado editorial, a leitura de Castro é um lembrete de que cada livraria física é mais do que um ponto de venda; é um lugar onde histórias se encontram, autores se conectam com leitores e a cultura se mantém viva. Em meio a mudanças rápidas nos hábitos de consumo e no comércio, valorizar e apoiar esses espaços é investir na preservação do patrimônio literário e no fortalecimento de uma comunidade leitora engajada.
Fonte: artigo “Menos farmácias, mais livrarias”, de Ruy Castro, seção Rio de Janeiro.
Artigo “Menos farmácias, mais livrarias” – originalmente publicado na Folha de S. Paulo –